Vida: Egas Moniz nasceu no norte do país, numa família da aristocracia rural portuguesa. Sendo um aluno dedicado, formou-se em medicina na Universidade de Coimbra e, logo de seguida, começou a dar aulas de anatomia, fisiologia e patologia na mesma universidade. Com uma forte empatia pela neurologia, Egas Moniz partiu para França e trabalhou com psiquiatras e neurologistas franceses durante alguns anos.
De volta a Portugal, assumiu a primeira cátedra de neurologia da Universidade de Lisboa e, depois de longas experiências com raios-X, o médico português conseguiu localizar aneurismas, hemorragias e várias outras malformações cerebrais, abrindo caminho para a cirurgia cerebral inédita até então. Dedicando-se por inteiro ao estudo do cérebro Egas Moniz foi um pioneiro na visibilidade das artérias que compõem o órgão humano, deixando um legado incontestável no avanço da medicina do século XX.
Egas Moniz tornou-se mundialmente reconhecido pelos seus feitos e foi proposto ao Prémio Nobel da Medicina cinco vezes, vencendo a nomeação em 1949. Entre os pacientes do mais prestigiado médico português encontram-se Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro.
Família: Egas Moniz casou com Elvira de Macedo Dias a 7 de fevereiro de 1901 e não tiveram filhos.
Curiosidades: Egas Moniz foi vítima de um atentado, no seu consultório, por parte de um paciente que teve uma crise de paranoia e alvejou o médico com oito tiros. Contra todas as previsões e apesar dos graves ferimentos Egas Moniz recuperou por completo.
Ficção/Media: Egas Moniz publicou várias obras de investigação científica a par de outras obras de cariz biográfico como “A Nossa Casa” (1950).
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Quando em junho de 1927, consegui ver pela primeira vez ao raio-X as artérias do cérebro, através dos ossos espessos do crânio, tive um dos maiores deslumbramentos da minha vida.