Vida: Fernando Pessoa nasceu em casa, no Largo de São Carlos, em Lisboa, no seio de uma família da pequena aristocracia. Sendo um jovem solitário, desenvolveu desde cedo uma estreita relação com a literatura e, enquanto frequentava o ensino secundário, começou a escrever histórias curtas que assinava sob outros nomes, chegando a ver algumas publicadas. Pessoa nunca chegou a formar-se na universidade, mas foi um autodidata por excelência estudando a fundo as matérias de que mais gostava. Em 1915, a par de Almada Negreiros e Mário Sá Carneiro, funda a revista Orpheu, um marco da entrada do modernismo na história da literatura portuguesa. Nos anos seguintes publicou alguns trabalhos em revistas literárias, teve vários empregos precários e morou em 15 sítios diferentes, todos em Lisboa. Embora durante a sua vida tenha apenas publicado quatro livros em inglês e um em português, o escritor deixou um enorme espólio de trabalho inédito, estando a edição ainda em andamento. Fernando Pessoa é unanimemente considerado o maior escritor português do século XX, facto comprovado pelo sucesso póstumo da sua obra.

A 29 de novembro de 1935 Pessoa escreveu no seu diário: “Eu não sei o que o amanhã irá trazer”. O escritor morreu no dia seguinte, aos 47 anos, vítima de problema hepáticos.

Família: Fernando Pessoa manteve uma relação intermitente com Ofélia Queiroz. Os dois nunca casaram nem tiveram filhos.

Curiosidades: De entre, pelo menos, 72 heterónimos criados por Fernando Pessoa, há 3 principais: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Os heterónimos possuem biografias, temperamentos, filosofias, aparências, estilos de escrita e até mesmo assinaturas distintas.

Ficção/Media: Pessoa foi um escritor prolífico que hoje conta com mais de 30 livros publicados, entre eles dois dos seus maiores sucessos: “A Mensagem” (1934) e “O Livro do Desassossego” (1982).

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Tenho em mim todos os sonhos do mundo.